quinta-feira, 6 de março de 2014

UM MENINO CHAMADO JONILSON...UM TROVÃO NA SANFONA, UMA PAIXÃO POR GONZAGÃO E DOMINGUINHOS...ENFIM UM CANDIERO ACESO DO AUTÊNTICO FORRÓ!




Um menino chamado Jonilson ...

Adenil Araújo Lima, filho de Heliodório Araujo Lima (Heliodório do Sítio, meu avô e Dona Maria Madalena, minha avó (paternos). Dona Teresa Cerqueira Lima, filha de Nelson Araujo Almeida e Dona Anísia Cequeira Silva, avós maternos, ambos nascido nas redondezas do povoado, hoje chamado Areia Branca, casaram-se em 1957 na Igreja Católica do mesmo povoado na missa celebrada pelo padre Nicanor.

Nasceu na fazenda Sítio de Heliódorio Lima em 24 de fevereiro de 1958. Aos seis anos teve paralisia infantil sendo curado pelo Dr. Carlos Ayres e por Zezinho da farmácia. Aos sete anos foi matriculado na escola municipal de Areia Branca tendo como professora Marluce Miranda, mas por ter atentado demais foi transferido para outra escola municipal no povoado de Cigana, onde sua avó Dona Anísia era a professora, finalmente, aos 09 anos chegou a sede do município de Piritiba e lá passou por duas escolas: o Almirante Barroso e o Edgar Pereira, onde foi aluno de professor Dário e da professora Aydil Lima. Iniciou a primeira série ginasial no Colégio Cenecista de Piritiba e logo em seguida foi transferido para Jacobina, onde frequentou a segunda série ginasial e por problemas de adaptação familiar, fugiu pra casa de volta e lá continuou até concluir o segundo grau. Morou em São Paulo, Salvador, depois Juazeiro onde viveu a maior parte de sua vida. E atualmente de volta às origens. 

                                                                                                                                                            Começando pela sua infância, Jonilson passou por várias situações que na sua época de menino, umas eram consideradas normais e outras problemáticas, de tal forma que as duas maneiras foram aprendizados significativos para sua formação, pegou ” ponga no trem “ pânico e desespero de sua mãe, tomou banho no Açude da Leste, “ não era brinquedo não “ por falta de orientação tanto familiar quanto escolar começou experimentar bebidas e cigarros no momento considerado inadequado, muito novo ainda, mas ainda na  adolescência sob os olhos desconfiados do seu pai e na orientação precisa e inteligente de sua grande MÃE foi orientado, "meu filho, MORRA DE FOME, de VERGONHA NUNCA", esse foi o princípio da sua caminhada.


Após conclusão do segundo grau em Piritiba, como quase todo nordestino foi expulso de sua terra natal porque  não votou em Zuzinha na eleição 1976. Seu primeiro voto foi perdido, portanto não arrumava trabalho na única estrutura empregadora do município, a prefeitura, modelo seguido até hoje. São Paulo foi o seu primeiro paradeiro e aí a saudade rasgou seu peito de um jeito que logo voltou. Salvador foi a segunda aventura, também desaprovada e daí se estabeleceu em JUAZEIRO DA BAHIA, a cidade que lhe abraçou e ofereceu oportunidades,  escola, mercado de trabalho e a construção do seu maior patrimônio, sua família.

        
                                                                                                                                                                     
O forrozeiro Jonilson por ele mesmo:

"Feijão de corda, ovo frito no toicim, carne dois pelos assada no espeto, se eu pudesse comia todos os dias e depois se balançar numa rede no varandado ouvindo Luiz Gonzaga até me agarrar no sono. E na boquinha da noite ouvir uma das obras primas da nossa música, O GUARANY, na abertura da “ VOZ DO BRASIL, ainda faço isso hoje. Quanto aos filmes só assisto bang-bang ( Roy Rogers, Giulliano Gema, Antony Stefane, Jonh Wayne e outros grandes artistas dos bons faroestes. E aos domingos gosto de ver minha estrela solitária brilhar nos gramados brasileiro, meu BOTAFOGO, coisas simples que os piscianos gostam."


O essencial é fazer  o que gosta, é respeitar o seu perfil, as suas características e personalidade. A cumplicidade com a sua carreira profissional e a excelência nos resultados esperados estão fortemente ligados com a paixão com que se exerce uma atividade.


O forró continua sendo forró, tão forte, prestigiado  quanto  seus criadores, sua música, sua poesia que deu identidade ao Nordeste e voz aos nordestinos e nada consegue parar sua caminhada que propõe a defesa, a valorização e a preservação dos valores do sertão. Luiz Gonzaga e Dominguinhos mestres e  bandeira dos forrozeiros, a sanfona e o forró  o diploma que certifica nosso xote e  baião como sangue dos verdadeiros nordestinos fieis as suas origens.
 

A década de 70 é, provavelmente, a mais frutífera da música brasileira. Belíssimas canções foram compostas e talentosos cantores surgiram no cenário musical brasileiro. Meados dos anos 80 até os nossos dias está posto uma relação totalmente inversa,  a música romântica perdeu seu espaço para a pornografia cantada, a beleza da poesia perdeu para a incompetência de ver versos escritos com duas vogais apenas e o crescimento sem precedente de admiradores da coisa ruim aumentando.




1-Fale da sua personalidade, seus sonhos e ideais artísticos a serem alcançados. Seus projetos futuros?


Sonho: Nunca para de sonhar,  a genialidade é a capacidade de realizar aquilo que existe no pensamento.

Ideias Artísticas:

Consolidar o forró na região como agente educador,  norteador e motivador do valores do sertão.




2-Fale sua obra: CDs e shows, canções e gravações?


Planejei um CD que foi gravado  no final de ano 2013, composições belíssimas do rei do baião, por Ex.: Sanfona Sentida. Minha missão como sanfoneiro, forrozeiro e sertanejo é o combate a ignorância que envergonha as famílias nordestinas, fortalecer as bases culturais regionais para valorização da cultura local, despertar as autoridades para maior responsabilidade com a aplicação do recurso público na realização de eventos.